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Texto filosófico - Dicas para entender livros de filosofia

Da Página 3 Pedagogia & Comunicação

É possível aprender a ler textos filosóficos – textos dissertativo-argumentativos por excelência, entendendo as particularidades desse tipo de texto.

É importante destacar que um texto filosófico não é, a priori, uma narração, mas uma dissertação e uma dissertação argumentativa, não expositiva. Nesse sentido, ele não visa a transmitir informações como, por exemplo, um texto jornalístico. O texto filosófico, de um modo geral, propõe uma tese e a defende através de argumentos. Ele não é um texto literário e a elegância de estilo, além de não ser obrigatória, pode constituir uma inimiga do rigor e da precisão.

Considerando tudo isso, o objetivo da leitura de um texto filosófico não é tomar conhecimento de algo, não é informar-se, não é deleitar-se esteticamente com as palavras. O objetivo da leitura, no caso da filosofia, é o entendimento do texto. Nesse sentido, a primeira pergunta que devemos nos colocar aqui é: o que significa entender um texto?

Em primeiro lugar, por entendimento podemos estar nos referindo à compreensão literal do texto, que consiste na capacidade de repetir aquilo que ele diz. Num segundo momento, podemos aludir à capacidade de parafraseá-lo, isto é, de repeti-lo ou reproduzi-lo, usando nossas próprias palavras. Mas a definição mais completa vai além dessas duas etapas.

 

Traduzir e superar dificuldades

Entender um texto é ser capaz de "traduzi-lo", isto é, torná-lo mais claro, mais explícito do que ele é originalmente, de modo que nos tornemos aptos a explicá-lo, a torná-lo compreensível a outros leitores. O entendido, portanto, é atingir o sentido do texto ou aquilo que ele objetivamente diz.

No entanto, nem sempre entendemos um texto, o que pode ou não estar relacionado ao seu nível de dificuldade. De qualquer modo, o não entendimento pode ser superado. Quando não se entende um texto – ou uma agem dele – há sempre um motivo para isso.

No caso de ter havido falta de atenção, a releitura é a maneira certa de resolver o problema. Caso contrário, é preciso nos questionarmos e saber o que ou por que não entendemos.

Muitas vezes, não entendemos um texto filosófico porque não possuímos os pré-requisitos necessários para entendê-lo. Muitas vezes, um filósofo escreve um livro comentando ou contextualizando a obra de outro filósofo e, se você desconhecer a referência à obra anterior, dificilmente vai captar com precisão o sentido daquela que está lendo. Assim, é preciso preencher os pré-requisitos, antes de ir adiante.

 

Deixe suas crenças de lado

Por outro lado, o não entendimento pode ser proveniente de nossas próprias crenças que se transformam num empecilho à compreensão das ideias alheias. Se isso ocorre – em geral certos estados emocionais permitem identificar quando isso ocorre –, devemos procurar separar claramente as nossas crenças das ideias do autor e não discutir com elas. Não podemos deixar, neste momento, que nossa opinião interfira e distorça o entendimento.

Depois de questionarmos o que é entender um texto, é conveniente nos perguntarmos se o entendemos corretamente. Uma compreensão correta não contradiz o sentido literal do texto e leva em conta as regras da gramática (em especial, a sintaxe). Além disso, procura a unidade que o texto deve ter, sem deixar qualquer parte solta ou nenhuma agem de lado.

Também é preciso perceber as conexões que existem entre as diversas partes do texto e, quando está nesse rumo, geralmente o leitor consegue antecipar o desenvolvimento da argumentação, prevendo o que virá a seguir. Em princípio, deve-se considerar como erro de compreensão todas as contradições encontradas no texto. Pelo menos se não surgirem provas explícitas do contrário, isto é, de que o texto tem mesmo contradições.

 

Acertar o foco

Em especial numa época em que se usam com frequência metáforas do tipo "a minha leitura de...", "a sua leitura de...", "a leitura que Fulano fez de...", é importante deixar claro que a leitura objetiva de um texto é sempre uma mesma leitura. Ninguém descobre no texto o que nele não existe. A originalidade de uma leitura específica consiste em centrar o foco num aspecto particular que talvez tenha ado despercebido a outros leitores ou ainda que se pode desvelar com maior nitidez.

O entendimento é a finalidade da leitura. O meio de que dispomos para alcançá-lo é a análise. Para analisar um texto devemos desconstruí-lo no nível linguístico, procurando reduzi-lo a uma sucessão ordenada de frases simples, na ordem direta: sujeito-verbo-predicado.

Entre outros procedimentos, é importante procurar o significado dos termos que desconhecemos; identificar os pronomes presentes nas frases e saber explicitar os nomes que eles substituem; identificar os termos técnicos, substituindo-os por suas definições.

Aliás, aqui é bom lembrar que algumas palavras de uso corriqueiro podem ter um sentido bem mais específico ou mais elaborado em filosofia. Você certamente sabe o que significa a palavra "substância", mas será capaz de dizer o sentido que ela tem em um texto de Aristóteles? Para isso, você pode recorrer a dicionários específicos de filosofia.

 

Desconstrução semântica

Depois da desconstrução linguística, chegou a hora de ar à desconstrução semântica, ou seja, em termos de conteúdo do texto analisado. Em geral, o texto filosófico-dissertativo compõe-se de tese ou hipótese, argumentos, consequências, objeções e contra-argumentos, respostas às objeções, exemplos, definições e aplicação a um caso ou casos particulares.

Pois bem, é preciso saber identificar cada um desses componentes e, a partir daí, estabelecer uma hierarquia, ou seja, uma ordem entre o que é mais importante e o que é menos importante, o que é essencial e o que é ório, o que é primordial e o que é secundário.

Desse modo, você vai purificar o texto, libertá-lo de tudo que é contingente e estará diante de suas ideias básicas. Com isso, o texto se tornará muito mais breve, certamente perderá sua fluência original, mas ganhará em troca uma ordem mais clara. A partir desse ponto, você já estará apto a concordar com o que é dito ou discordar disso, sabendo as razões da discordância.

Sim, porque a partir desse ponto você já ultraou o entendimento – ou a explicitação de sentido – e estará seguindo rumo à interpretação do texto, que vem a ser o completar esse sentido, tecendo suas próprias reflexões sobre ele, estabelecendo um diálogo com o texto lido.